Cacto na boca pode ser lido como um único poema em forma de peça teatral. Ou como uma série de poemas que constroem uma denúncia do teatro intolerável em que a vida se converte. Mas a voz que, aqui, faz do poema um teatro, ergue-se para dizer que se nega a continuar atuando e, mais ainda, a aceitar os papéis a que tem sido relegada pelo “colega branco”, pela “amiga branca” e também pelo “crítico branco”.